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Por que as pequenas e médias empresas também devem se preocupar com cibersegurança?


22/12/2022 10:13
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Por que as pequenas e médias empresas também devem se preocupar com cibersegurança?

Não bastasse o risco de reputação da empresa que tem sua base de dados invadida e perde ou expõe informações de seus clientes e funcionários, o cibercrime também pode ser um grande problema para as pequenas e médias empresas. Além disso, os riscos de ataques crescem à medida que os cibercriminosos reconhecem a vulnerabilidade dos dados e sistemas.

As pequenas e médias empresas, e mesmo organizações sem fins lucrativos, têm sido alvo de invasores e as consequências dessa busca podem expor informações sigilosas, assim como comprometer anos de muito trabalho.

Segundo dados da Checkpoint Research, uma em cada 40 organizações são vítimas de ataques cibernéticos por semana no mundo. A América Latina é a região com mais ataques registrados: uma em cada 23 organizações são atacadas por semana.

Os problemas relacionados à segurança digital aumentaram bastante nos últimos três anos. As Empresas dos mais variados tamanhos foram forçadas a mudar prioridades durante a pandemia e, com isso, a transição para o trabalho remoto e plataformas digitais deixaram muitos grupos mais vulneráveis à ciberataques.

Por conseguinte, os negócios menos preparados para esse cenário passaram a temer os criminosos que já investiam contra grandes varejistas. Atualmente, percebe-se que não importa o tamanho da empresa, todas mantêm dados confidenciais valiosos: registros de funcionários e clientes, propriedade intelectual, dados de transações financeiras e acesso a finanças empresariais.

Diante desse cenário, as pequenas e médias empresas precisam atualizar as suas estratégias de segurança para se prevenir e se defender das ameaças, principalmente porque as organizações menores geralmente não têm uma equipe de segurança cibernética dedicada, tecnologia de segurança moderna, habilidades aguçadas e os recursos necessários para se defender contra ameaças cada vez mais avançadas.

Além disso, como os dados são de responsabilidade da empresa que o detém, se houver algum vazamento, devido à LGPD (Lei Geral de Proteção a Dados Pessoais), todas as empresas podem ser multadas em até 2% do faturamento, e esse valor pode chegar a R$ 50 milhões, conforme já apontado em textos anteriores.

Algumas pequenas empresas estão cientes dos riscos de segurança cibernética e instalam ferramentas antivírus para manter os cibercriminosos afastados. Contudo, esses produtos não são suficientes para ameaças de engenharia humana, como ataques sociais, nos quais um alvo é manipulado para dar ao invasor o que ele deseja, ou ataques baseados em identidade nos quais os invasores usam identidade roubada e informações de conta para acessar sistemas e recursos enquanto aparecem como usuários legítimos.

Só para dar uma ideia, o relatório Falcon OverWatch Threat Hunting de 2022, da CrowdStrike, descobriu que 71% das violações eram livres de malware, o que ressalta a prevalência de ataques mais sutis e a crescente preferência dos cibercriminosos por técnicas que evitam produtos de software antivírus.

Depois de se estabelecer em seu ambiente, os invasores podem se mover por toda a organização para comprometer sistemas adicionais, promover exfiltração de dados, lançar um ataque de ransomware ou realizar outras ações.

Tudo isso é possível com o uso de credenciais de funcionários legítimos ou explorações de vulnerabilidades não corrigidas.

Diante de tão diversos riscos, algumas práticas recomendadas para fortalecer suas defesas de segurança são:

– Reforçar a autenticação multifator – a autenticação fornece uma camada extra de defesa para que você tenha certeza de que se trata de um funcionário ou cliente e não um invasor obtendo acesso a sistemas e recursos.

– Faça backups regulares – caso ocorra uma violação em uma pequena empresa, ter feito backup dos dados em local autônomo ou na nuvem será muito proveitoso. Isso porque, um invasor pode criptografar backups se obtiver acesso aos sistemas, por isso é fundamental criar uma defesa forte.

– Acompanhe os patches de segurança – as violações de dados geralmente começam quando um invasor explora uma vulnerabilidade não corrigida. Manter o software atualizado garante que esse vetor seja bloqueado.

– Invista em uma proteção de segurança cibernética – busque por produtos e serviços que caibam em seu orçamento, tendo em mente que a prevenção sempre gera menos custos do que uma defesa a um ataque que já ocorrido.

Destaca-se também a importância de educar gestores e equipe sobre como prevenir e se portar em relação aos ciberataques. O que livra uma empresa de perder dinheiro diante um ataque é a capacidade que ela tem de responder ao incidente antes que chegue ao usuário ou seu consumidor final, e, para isso, é preciso que toda a equipe esteja atenta, munida de recursos e protegida.

 

Fonte:

·        https://cryptoid.com.br/criptografia-identificacao-digital-id-biometria/a-importancia-das-pequenas-empresas-repensarem-a-estrategia-de-ciberseguranca/