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Governo vê necessidade de subir impostos para compensar redução do diesel


29/05/2018 11:26
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Governo vê necessidade de subir impostos para compensar redução do diesel

Governo vê necessidade de subir impostos para compensar redução do diesel
Redação

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou nesta segunda-feira (28) que o governo pode ter de aumentar impostos de "outras coisas" ou retirar benefícios tributários para garantir a redução de R$ 0,46 no preço do diesel por 60 dias, medida anunciada na véspera pelo governo para tentar acabar com a greve dos caminhoneiros, que completava uma semana e levava ao desabastecimento geral.

Desses R$ 0,46, R$ 0,30 virão do congelamento do preço do diesel, que serão bancados até o fim do ano pela União, via programa de subvenção que custará R$ 9,5 bilhões, coberto por uma sobra de R$ 5,7 bilhões que o governo tem no Orçamento, além de corte de despesas de R$ 3,8 bilhões.Os R$ 0,16 adicionais virão por redução dos impostos sobre o diesel:R$ 0,05 virão do corte a zero da Cide e R$ 0,11 da diminuição do PIS/Cofins. Isto custará R$ 4 bilhões aos cofres públicos, perda de receita que, por lei, deverá ser compensada por outras fontes, ressaltou Guardia.

Ele destacou que a receita gerada pela aprovação do projeto da reoneração da folha de pagamento de 28 setores da economia pode não ser suficiente para cobrir aquela perda, daí a eventual necessidade de aumentar outros impostos.

"Haverá aumento (de impostos) para alguém? Sim", afirmou ele em coletiva de imprensa, acrescentando ainda que essa compensação também pode vir com eliminação de benefícios hoje existentes."Isso não é aumento da carga tributária, é um movimento compensatório previsto na lei", afirmou ele.

O ministro não informou quais tributos poderão subir. Segundo ele, isso acontecerá somente após a aprovação da reoneração da folha.

"Assim que tivermos a reoneração aprovada, vamos sair com os atos legais mostrando como vamos chegar (à redução total de 16 centavos em impostos sobre o diesel)", acrescentou Guardia.

O ministro avaliou que a greve dos caminhoneiros terá impacto temporário e não tenderá a alterar o comportamento da inflação. Mais cedo, disse que mantinha a projeção de crescimento de 2,5% neste ano.

A greve dos caminhoneiros tem afetado a atividade econômica nos últimos dias e influenciado a leitura de agentes econômicos. Segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central divulgada nesta manhã, as estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) caíram a 2,37% na semana passada, sobre 2,5% antes.

Fonte: DestakJornal